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Sábado, 23 Novembro, 2024
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Contribuição do agronegócio em comunidades locais

O agronegócio desempenha um papel fundamental na economia global, mas seu impacto vai muito além da questão financeira.

Quando realizado de forma sustentável e responsável, o agronegócio pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento e o bem-estar das comunidades locais.

Impactos positivos do agro em comunidades locais

Não é de hoje que o agronegócio se mostra como um importante pilar para o fortalecimento de comunidades e o impulso da economia regional em diversas partes do mundo.

Através de suas atividades sustentáveis e responsáveis, o agronegócio tem desencadeado uma série de impactos positivos que vão além do campo produtivo e podem ser vistos com mais clareza nas comunidades locais através da preservação do meio ambiente, do estímulo à inclusão social, da responsabilidade social, do incentivo à agricultura familiar e do diálogo com o governo.

Um exemplo disso é o que ocorre no Oeste da Bahia, em especial, no município de Luís Eduardo Magalhães, onde produtores rurais baianos, por meio do Programa Patrulha Mecanizada da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), garantiram que cerca de 950 quilômetros, de 13 trechos de estradas fossem recuperados ao longo de 2020. Cerca de 300 famílias que dependem diretamente da estrada foram beneficiadas com esta obra, que vai ajudar ainda a impulsionar a economia de uma área que compreende 50 mil hectares produtores de algodão, soja e milho na região.

As melhorias não pararam por aí. No final de 2020, teve início a obra de terraplanagem de um trecho de 35 quilômetros, da BA-458, denominada Linha Estrondo, em Formosa do Rio Preto. Do total do empreendimento, cinco quilômetros estão concluídos.

Além do desenvolvimento da infraestrutura, com melhorias em estradas, armazéns, energia elétrica e comunicações, o agronegócio reflete também na geração de milhares de empregos.

A produção agrícola por si só, requer uma mão de obra considerável, incluindo agricultores, trabalhadores rurais e profissionais especializados em diversas áreas.

Além disso, o agronegócio demanda serviços de logística, armazenamento, transporte e distribuição, que também geram empregos nas áreas adjacentes. A ampliação do emprego e a injeção de renda na comunidade ajudam a impulsionar a economia local, estimulando outros setores e criando um ciclo de desenvolvimento econômico.

Expectativas das ações do agronegócio no desenvolvimento das comunidades do campo

Com sua capacidade de gerar impactos positivos em diferentes esferas, esse setor vem fortalecendo as comunidades locais, contribuindo para um crescimento sustentável e próspero.

E falando em sustentabilidade, um dos exemplos bem-sucedidos pode ser visto no Oeste da Bahia, que contribuiu para o crescimento de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, no segundo trimestre deste ano, de acordo com cálculos divulgados pela SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia).

Parte desse resultado se deve à adoção do sistema de plantio direto como método de cultivo de grãos, como soja, milho e feijão. Neste sistema, grande parte da plantação recebe uma cobertura de palha, também chamada de cobertura morta ou “mulch”, deixando o terreno protegido da erosão, já que o impacto da gota da chuva é amortecido pela palha antes de bater no solo. Esta forma de cultivo melhora a retenção de umidade, aumenta os rendimentos em anos secos, permite o cumprimento do calendário agrícola e, ainda, evita o replantio.

O Agronegócio Estrondo, localizado no Oeste da Bahia, é um exemplo de empreendimento que utiliza o sistema de plantio direto desde o ano 2000. Graças a isso, obteve um resultado de milhões de toneladas de soja produzidas em suas fazendas, contribuindo para elevar o Oeste baiano a uma das regiões de maior aproveitamento para o cultivo na região.

E as expectativas quanto à produção de grãos são muito positivas para o Brasil. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o país deverá bater novo recorde com 315,8 milhões de toneladas na safra 2022/2023. Se confirmada, representará um crescimento de 15,8% em comparação à safra do ciclo anterior, ou 43,2 milhões de toneladas a mais.

Espera-se também que o milho registre produção recorde. E se depender dos resultados da última safra, quando chegou a 113,3 milhões de toneladas, isso não será um problema, principalmente pelos esforços do Oeste da Bahia, cuja produção teve um aumento de 10%.

O Agronegócio Estrondo, por exemplo, apresentou bom desempenho na produção de milho, registrando um aumento de 60% na produção. Isso significa um volume total de 44 mil toneladas.

Todos esses resultados gerados pelo agronegócio têm sido responsáveis pelo desenvolvimento das comunidades locais, o que pode ser comprovado através da capacidade de garantir a segurança alimentar, gerar empregos, desenvolver infraestrutura, impulsionar a inovação tecnológica e atuar de forma responsável.

E como um setor vital e em constante evolução, o agronegócio continuará a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento das regiões onde está presente.

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